" Parvoíces até, talvez fosse o nome mais indicado. Depende do ponto de vista. E de novo sinto aquela necessidade de exprimir de alguma forma o que me vai na alma, consome o coração e preenche o pensamento.Não sei como estou, se farta, se triste, se cansada. Não sei. Nem eu, nem ninguém.
Talvez uma parte de mim seja virada para a parte dramática, pessoa essa que se revela inúmeras vezes na minha escrita. Por mais que tente, acabo sempre por escrever algo que não queria escrever. Tal como acontece dizer algo que não queria dizer, entre outra data de coisas fantásticas.
Sinto-me como que a sufocar, como uma larva que entrou em metamorfose, que quer sair do casulo para voar bem alto que nem uma borboleta, mas não consigo. Não sei se é do tempo, se do casulo, ou mesmo de mim própria. Já dizia o outro que agora não me lembra o nome « Só sei que nada sei». Não podia concordar mais com essa afirmação neste momento.
Julgava ter a resposta a todas as perguntas. Mas agora que as perguntas fora mudadas, preciso de encontrar respostas para lhes corresponder.
Se pudesse comparar o meu cérebro a algo, seria a uma salada russa: tem uma data de ingredientes. Tal como o meu cérebro tem uma data de pensamentos. Do mais variado possível e imaginário que possa haver. Para escrever, é esta parte do meu cérebro que se revela. A melancolia talvez. Talvez o problema seja mesmo meu, que só escrevo na altura errada, só escrevo quando a melancolia me consome por completo.
Quando voltar o bom tempo, aquele sol que nem se pode olhar de frente, talvez escreva algo com mais cor. Até lá, seguem-se textos a preto & branco. "
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