
"Meu "queração". Não dizes uma que se aproveite. Não dás uma para a caixa. Nem sei bem para que serves, senão para bombear o sangue pelo corpo todo. Mas o teu sentido figurado.
Por vezes preferia não te ter.
Sabes "queração", estás despedido. És um mau trabalhador. Aliás, um péssimo trabalhador. Trabalhas especialmente quando não deves. E quando estás mal, quando estás quebrado, simplesmente sentas-te a um canto e nada fazes. Não te mexes, não reages, não trabalhas. Mas pensas o quê? Que a cura te cai do céu? Que de um dia para o outro ficas bom? Meu amigo, meu caro amigo, leva o seu tempo.
Quando quebras, és mais sensível que cristal. E quando penso que já estás bom, que já tens todos os pedacinhos no sítio, à mínima rajada de vento desfazes-te em pedaços ainda mais pequenos que aqueles que te desfizeram. E pode ser uma simples rajada de vento. Mas como és tão sensível, parece um furacão. Mas tu achas, "queração" que isto tem algum jeito?
Viver a vida a ouvir-te? A fazer o que tu queres? A seguir-te? Já o fiz. E sabes o que deu?
Nem queiras saber...saber até sabes, melhor que ninguém, mais mais vale fingir que não sabes e que nunca soubeste.
Nem queiras saber...saber até sabes, melhor que ninguém, mais mais vale fingir que não sabes e que nunca soubeste.
Olha "queração" vou-te substituir. Vou meter uma pedra no teu lugar. E vou-te esconder. Mas vou-te esconder num sítio onde um dia te possa vir buscar são e salvo. Ou então não.
Talvez te mande passear. E talvez alguém o encontre e queira guardá-lo em vez de chutá-lo e quebrá-lo novamente em mil e um pedacinhos. E também se chutar, mais pedaço, menos pedaço, é só mais um para juntar à colecção e posteriormente colar.
Agora "queração". Agora não mandas nada. Manda a cabeça. Que consegue ser racional e pouco emocional. Não voltas a mandar, mas não penses que estás na reforma, nada disso. Vamos fazer como se estivesses num coma profundo, e vamos esperar que um dia acordes. Com uma amnésia, de preferência. Ou vamos esperar que alguém te acorde. Vamos simplesmente esperar.
E sabes que mais? Não, não sabes nada nem queiras saber. No fundo, lá no fundo, toda a gente, além de querer ser feliz, que amar e ser amada. Eu não sou excepção. Se é ridículo eu admitir tal coisa, é cobardia negá-la! É cobardia quem o nega.
Oh "queração", devias era ser de plástico. Assim se caisses já não te partias em mil pedacinhos!
Mas olha, neste momento não quero saber de ti nem estou mais para te ouvir. E deixa-me aproveitar enquanto não consegues mandar. Mas fica aí quietinho. Nem penses em trocar de lugar com o de outro alguém! Nem penses em andar aos saltinhos para caires em pedacinhos novamente. Porque não estou para te aturar. Tenho dito, oh "queração". "
1 comentário:
"Despedimento com justa causa"
ly
Enviar um comentário