sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Fácil de Entender.

[A legenda está na própria foto. A companhia é das únicas 3 pessoas que quando digo porcaria, em vez de se rir dá continuidade à teoria.]

Fácil de entender.

"Não sei o que é sentir, se por falar falei. Pensei que se falasse era fácil de entender".

Por vezes quando ficamos com mais atenção a ouvir as letras das músicas, apercebemo-nos que de certa forma e em certa parte identificamo-nos com elas. Como foi o caso.

Como é que queres entender se não ouves? Como queres ouvir se não me deixas falar? E se não me deixas falar como hás-de conseguir entender?

Como te queres identificar comigo, se não me deixas falar? Se não me ouves? Preferes não me ouvir. Tudo bem, quando quizeres que eu fale, vou preferir estar calada. E preferia escrever tudo o que vai cá dentro mas não me atrevo a fazê-lo.

Prefiro não falar, prefiro estar calada.

Assim sendo, prefiro escrever.


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Mirror.

[Gostei bastante desta imagem. E sim, as últimas imagens que tenho utilizado não são minhas.]

"Espelho. Tenho pavor do espelho. Pavor do que ele pode reflectir. Posso olhá-lo olhos nos olhos, e ver apenas o que quero, ver apenas o que é bom, o que é agradável aos olhos. Ver apenas o que quero ver. Ou posso ver a realidade, ver com olhos de ver.

Em ambos os casos, tenho de enfrentá-lo e prefiro não fazê-lo. Até porque cada vez que o faço, a desilusão é uma crescente. Cada vez me reconheço menos. Mudo cada vez mais. Em alguns aspectos para melhor, noutros nem tanto.

Noutros tempos, tempos que passaram, tempos que lá vão e não voltam, olhava para o espelho e conseguia ver luz, cor, alegria, conseguia ver a minha própria alma para além de um reflexo do brilho dos olhos de uma criança feliz. Hoje, olho para o espelho e não me reconheço. Não vejo luz, não vejo cor, muito menos alma. E a verdade é que não estou cega. Talvez esteja, em certos aspectos. Preciso de ajuda para ver, mas continuo a não ver um palmo à frente do nariz. E aqui irei continuar, com receio de olhar para o espelho e enfrentar a dura realidade dele espelhar o vazio.

A verdade é que o espelho não reflecte nada, até porque não há nada para reflectir ou ser reflectido. "


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Rain, rain, rain.

[Ahahaha, desta vez a legenda vai ser maior.
Rain, Breaking Benjamin
Take a photograph
It'll be the last
Not a dollar or a crowd could ever keep me hereI don't have a past
I deserve the chance
Not a family or honest plea remains to say
Rain rain go away
Come again another day
All the world is waiting for the sunIs it you
I wantOr just the notion of
A heart to wrap around so
I can find my way around
Safe to say from here
Your getting closer now
We are never sad cause we are not allowed to be
To lie here under you
Is all that I could ever do
To lie here under you is all
To lie here under you is all that i could ever do
To lie here under you is all
É uma música bonitinha, a sério que sim. ]
"Apeteceu-me escrever sobre a chuva. Não que eu goste muito do frio, do inverno, de andar de guarda-chuva, de ficar com os pés encharcados, mas até gosto de chuva. A sério que sim. Gosto de a ver a cair. Ajuda-me a pensar, a reflectir.
Sim, a chuva ajuda-me.
A chuva é minha amiga.
Embora reclame inúmeras vezes com ela, porque detesto andar com o guarda-chuva atrás, a verdade é que não vivo sem ti.
Preciso tanto de ti.
Preciso que me laves. Sim que me laves. Que me laves por fora, que me laves por dentro, que me laves o espírito, que me laves o ego, que me laves a mente, que laves estes olhos.
Sim estes olhos de tom verde que tudo teimam em ver a preto e branco.
Os olhos são os espelho da alma, reflectem o interior, daí a falta de cores na visão.
Pintada por fora. A preto & branco por dentro.
Não que me importe, não que seja (a)normal, até gosto bastante dessa conjugação de cores, mas quando me espelham a alma fazem-me mal ao coração. "