sábado, 14 de agosto de 2010

Envelhecer

[ Procurem envelhecer no google e vão encontrar a imagem]

Envelhecer é algo inevitável. A cada segundo que passa, envelhecemos. E não há maneira alguma de fazer o relógio do tempo parar, que é também o relógio do envelhecimento.
Existem mil e um cremes, e mil e uma cirurgias estéticas para tentar travar o inevitável. Há quem se encha de botox só para tapar umas rugas que significam uma idade já mais avançada. Para quê? Quanto mais velho, mais sabedoria tem. Mas o peso facial e social das rugas de expressão não é o da sabedoria, mas o da velhice.
Até à data, não tenho medo de envelhecer. Até porque como já referi, faço-o tal como toda a gente a toda a hora que passa. Mas sim, não tenho medo de envelhecer.
Não tenho medo de ganhar cabelos grisalhos e rugas de expressão.
Não tenho medo que a pele fique flácida e que os meus reflexos sejam diminuídos.
Não tenho medo de envergar uma bengala que me acompanhe nas minhas deslocações, nem de usar aquelas roupas fantásticas características que os nossos avós usam.
Tenho medo sim, de envelhecer sozinha. Sem te ter por perto, sem te ter do meu lado.
Tenho medo de deixar de sorrir, tenho medo que as amizades também envelheçam e se percam no tempo.
Tenho medo que o brilho no olhar se perca no tempo, tal como a vontade de viver ou simplesmente de respirar.
E de que me serve o medo?
De nada, vou envelhecer na mesma. Tal como tu.